Leituras

Cadernos Feministas

Esta edição dos Cadernos Feministas (novembro 2013) inclui contributos de Adriana Lopera, Andrea Peniche, Cassilda Teixeira Pascoal, Dina Nunes, Esther Vivas, Judite Canha Fernandes, Layza Queiroz Santos, Magda Alves, Nadia De Mond, Sandra Ezquerra, Sofia Roque e Thais Ferreira de Souza.

Marxismo contra Totalitarismo 2

Nos colóquios e seminários, nos artigos e tribunas, uma tese foi fazendo caminho até adquirir a categoria de um lugar comum: é Marx, em pessoa, e não Estaline ou Lenine, em quem radica o pecado original e a metamorfose implacável do paraíso socialista num inferno totalitário. O processo instruído contra Marx é uma trama de ignorâncias e inconsistências, convenientemente ligadas. Por Daniel Bensaïd.  

Marxismo contra Totalitarismo

Nos colóquios e seminários, nos artigos e tribunas, uma tese foi fazendo caminho até adquirir a categoria de um lugar comum: é Marx, em pessoa, e não Estaline ou Lenine, em quem radica o pecado original e a metamorfose implacável do paraíso socialista num inferno totalitário. O processo instruído contra Marx é uma trama de ignorâncias e inconsistências, convenientemente ligadas. Por Daniel Bensaïd

Teu nome, Socialismo

Miguel Portas chama Trotski e Bukharin ao debate sobre a Perestroika

O propósito: quatro observações soltas que visam contribuir para o debate suscitado pela e sobre a Perestroika, entre aqueles que continuam a reclamar o seu lugar à esquerda e se não renderam a julgamentos apressados sobre a falência de tudo quanto cheire a comunismo e a socialismo.

Sair da crise das dívidas

Foto Paulete Matos

A única medida que é preciso tomar unilateralmente é financiar o défice de outra forma que não seja pela emissão nos mercados financeiros. Junto com isso, a socialização dos bancos e a anulação da dívida ilegítima.

Bensaïd e a revolução

Daniel Bensaïd

Depois da queda dos muros das certezas fechadas, a filosofia militante de Bensaïd foi um momento importante de passagem de testemunho do pensamento revolucionário e da sua revitalização, de encontro com autores considerados menores e de reconstrução do marxismo sobre bases não dogmáticas.

A heresia comunista de Daniel Bensaïd

Daniel Bensaıd

Entre todas as “heresias” de Daniel Bensaïd, quer dizer, suas contribuições para a renovação do marxismo, a mais importante, a meus olhos, é a sua ruptura radical com o cientificismo, o positivismo e o determinismo que se impregnaram tão profundamente no marxismo “ortodoxo”, principalmente na França. Por Michael Löwy

O pior aconteceu em Fukushima

Foto aérea da central nuclear de Fukushima

A gravidade da situação piora a cada hora no local da central nuclear de Fukushima, no Japão. Os responsáveis pelas instalações aparentemente já não controlam o curso dos acontecimentos. E aumenta o risco duma catástrofe tão ou mais grave que a de Chernobyl. Por Daniel Tanuro.

Marxismo contra Totalitarismo

Ilustração de Nuno Saraiva no "Combate Ilustrado"

Nos colóquios e seminários, nos artigos e tribunas, uma tese foi fazendo caminho até adquirir a categoria de um lugar comum: é Marx, em pessoa, e não Estaline ou Lenine, em quem radica o pecado original e a metamorfose implacável do paraíso socialista num inferno totalitário. O processo instruído contra Marx é uma trama de ignorâncias e inconsistências, convenientemente ligadas. Artigo de Daniel Bensaïd.

A Religião do Mercado

Eric Toussaint preside ao Comité para Anulação da Dívida do Terceiro Mundo

Quase todos os líderes políticos, quer sejam da esquerda tradicional ou de direita, quer sejam do Sul ou do Norte, dedicam um verdadeiro culto ao mercado, e aos mercados financeiros, em especial. O Deus-Mercado envia sinais através do jornalista da economia ou do cronista financeiro. Artigo de Eric Toussaint.

SOBRE A DEMOCRACIA OPERÁRIA

"Sobre a democracia operária", de Ernest Mandel

O site marxists.org continua a divulgar alguns textos em português da editora Antídoto, publicados em Portugal nos anos 70 e 80. Desta vez trata-se de parte dum livro de Ernest Mandel, "A luta pela democracia socialista na União Soviética", que se debruça sobre o papel assumido por algumas correntes esquerdistas e estalinistas nas assembleias do pós-Maio de 68. O capítulo intitula-se "Sobre a Democracia Operária" e depressa se transformou num manifesto contra a ortodoxia no movimento comunista.

TEORIA MARXISTA DO ESTADO

"Teoria marxista do Estado", de Ernest Mandel

O site marxists.org continua a divulgar alguns dos livros publicados pela Editora Antídoto nos anos 70 e 80. Reproduzimos aqui parte do livro "Teoria marxista do Estado", de Ernest Mandel, publicado em 1977 e um dos textos políticos de referência deste economista marxista. 

A crise capitalista: apenas um início

“Para os salvadores do Titanic capitalista, a tarefa anuncia-se dura. Um novo New Deal? Um retorno ao Estado social? Seria esquecer muito rápido que a desregulação liberal não foi um capricho doutrinário de Thatcher ou de Reagan. Foi a resposta à baixa das taxas de lucros, provocada pelas conquistas sociais do pós-guerra”. Por Daniel Bensaïd.

O CAPITALISMO, POR ERNEST MANDEL

Este artigo mostra a actualidade da análise do capitalismo de Ernest Mandel

"Se a economia não pode mais sobreviver senão sob a direcção consciente da sociedade, não deverá ela funcionar no interesse da colectividade, sob gestão democrática desta colectividade, em vez de funcionar às custas da colectividade sob a autoridade de alguns magnatas da finança e de tecnocratas?", perguntava Ernest Mandel em 1981, neste artigo para a Enciclopédia Universalis que publicamos na Biblioteca Marxista.

A teoria do fascismo em Léon Trotsky

Os artigos mais importantes de Trotsky sobre o ascenso do nazismo foram reunidos no livro "Como Vencer o Fascismo"

Entre 1930 e 1933, Trotsky escreveu muitos artigos sobre o ascenso do nazismo e as tarefas da classe operária para o travar. No livro "Como vencer o fascismo?" estão reunidos os mais importantes textos de Trotsky e publicamos a introdução a uma das edições, escrita por Ernest Mandel e traduzida para português por Eduardo Velhinho. Lê aqui o texto.

Prefácio à História da Revolução Russa

Discurso de Lenine. A mesma foto seria difundida anos mais tarde, mas sem Trostky.

Durante os dois primeiros meses de 1917, a Rússia ainda era a monarquia dos Romanov. Oito meses mais tarde, os bolcheviques já estavam ao leme do governo, eles que eram desconhecidos no início do ano e cujos líderes, no momento do ascenso ao poder, ainda eram acusados de alta traição. Na história não se encontraria outro exemplo de uma reviravolta tão brusca, sobretudo lembrando-nos que se trata de uma nação de cento e cinquenta milhões de almas." Lê aqui o prefácio da História da Revolução Russa, traduzido por Eduardo Velhinho.

África: Geopolítica e exploração

Escola de Formação Marxista da APSR

A história de África nos últimos 40 anos tem sido marcada pela dívida externa e o saque das matérias primas em trocas desiguais com o Norte. O papel das potências mundiais e dos regimes cleptocráticos também foi abordado na sessão “África e Geopolítica”, apresentada por Mamadou Ba na Escola de Formação Marxista da APSR 2008. Vê aqui o resumo que acompanhou a apresentação.

AS NOVAS REBELIÕES LATINO-AMERICANAS

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A América Latina converteu-se num foco de resistência significativo ao imperialismo e ao neoliberalismo. As grandes sublevações populares confirmaram a presença dos movimentos sociais e conduziram à queda de vários presidentes neoliberais. Mas qual é o alcance desta onda de lutas? Que programas, sujeitos e projectos se perfilam na região? Lê aqui o artigo completo de Claudio Katz com ilustrações de Joanna Latka.

“Multitudes ventríloquas”

O último livro de Michael Hardt e Toni Negri “Multitude” (Debate, Madrid, 2004) continua a reflexão empreendida em “Império”. Os autores respondem a algumas críticas e objecções, aclaram possíveis mal-entendidos e precisam o seu pensamento. “Multitude” compõe-se de três grandes partes: a que trata da noção de multitude, faz de pivot entre uma primeira parte dedicada à guerra e uma terceira, prospectiva, dedicada à democracia. Artigo de Daniel Bensaïd.

“É necessária uma Quinta Internacional?”

A “Quinta Internacional” não é o “espectro vermelho que assombra a Europa e o mundo” de que falava Marx no Manifesto Comunista, mas é uma ideia que começa a circular. Há pouco, um jornal patronal francês “O boletim dos industriais da metalurgia” falava do perigo de uma Quinta Internacional. Não sei de onde saiu essa ideia? Artigo de Michael Löwy.

Ernst Bloch: Música/Esperança/Revolução

Se preciso fosse, inventava-se uma comemoração. Mas não é preciso. Ernst Bloch nasceu a 8 Julho de 1885 – há pouco mais de 120 anos. Não é este o pretexto – preferimos aqui desconfiar do conforto comemorativo que consiste em despachar uma «figura» em colóquio e atribuir-lhe academicamente as medalhas que o morto já não pode receber (e Bloch não as desejava nem enquanto vivo). Não lhe resumamos a obra, que nem o saberíamos fazer. Limitemo-nos a lançar umas dicas para quem achar que vale a pena conhecer um pensamento aberto, heterodoxo e crítico, contributo ainda vivo (como muitos outros leitores de Marx não-estalinistas do século XX, e muitas experiências práticas de luta) e que pode ser útil para pensar e agir na transformação do presente, em tempos de muitos desânimos, e talvez de muitos perigos, mas também de grandes entusiasmos com o que pode emergir. Artigo de Pedro Rodrigues.

1905: Ensaio geral para um século de Revoluções

A revolução russa de 1905 durou, como o PREC, mais de um ano. O seu ponto culminante foi a greve geral de Outubro, que agora completa 100 anos. Muitas vezes se lhe tem chamado o “ensaio geral” para a revolução de Outubro de 1917. Na verdade, foi muito mais do que isso: foi a primeira revolução proletária do século e a prefiguração de muitas outras que estavam para vir. E estão. Artigo de António Louçã.

De Marx ao eco-socialismo

O combate a favor das reformas ecossociais pode ser portador de uma dinâmica de mudança, de “transição” entre as reivindicações mínimas e o programa máximo, na condição de serem recusados os argumentos e as pressões dos interesses dominantes em nome das “regras de mercado”, da “competitividade” ou da “modernização”. Algumas reivindicações imediatas já são, ou podem tornar-se rapidamente, o espaço de uma convergência entre movimentos sociais e movimentos ecológicos, sindicatos e defensores do meio ambiente, “vermelhos” e “verdes”. Artigo de Michael Löwy.

Barbárie e modernidade no século XX

A palavra “bárbaro” é de origem grega. Ela designava, na Antiguidade, as nações não-gregas, consideradas primitivas, incultas, atrasadas e brutais. A oposição entre civilização e barbárie é então antiga. Ela encontra uma nova legitimidade na filosofia dos iluministas, e será herdada pela esquerda. O termo “barbárie” tem, segundo o dicionário, dois significados distintos, mas ligados: “falta de civilização” e “crueldade de bárbaro”. A história do século XX obriga-nos a dissociar essas duas acepções e a reflectir sobre o conceito – aparentemente contraditório, mas de facto perfeitamente coerente – de “barbárie civilizada”. Artigo de Michael Löwy

POUM 1935-2005: A nossa herança teórica

Tomando como pretexto os setenta anos da guerra civil espanhola, publicamos este texto não para soprar as velas mas para lembrar a importância de uma das mais ricas, marcantes (e difíceis) experiências revolucionárias do século passado e aprender com os combates e as ideias das correntes não‑estalinistas que souberam actualizar na prática a força de um marxismo vivo. Artigo de Jaime Pastor.